Ato de escrever

Em uma tarde de domingo entediante e chuvosa, decidi ler alguns blog's, e em um deles encontrei essa frase:

"Escrevo por uma espécie de incompatibilidade - de gênios com a vida, escrevo para reinventar, para organizar o caos, para não enlouquecer de impotência, para re-fazer. Mas não pense que não sei do inútil disso".

'Caio Fernando Abreu.'

Quando dei por mim estava perdida em meus pensamentos, e como sempre me questionando do por que das coisas, e dentre estes questionamentos comecei a me perguntar por que escrevo, e me dei conta que escrevo para aliviar minha angústia, esvaziar minha mente, colocar pra fora aquilo que ninguém iria querer escutar.
Escrevo para driblar a ansiedade, numa tentativa de fazer com que o tempo passe mais rápido, assim vou enganando minhas vontades, deixando o interior falar mais alto, direcionado a um único objetivo que é o de escrever e assim vou passando meu tempo na frente do computador ao invés de estar mendigando atenção, e consequentemente vou dando espaço para que o tempo haja por si só.
Essas e outras palavras ficarão aqui, perdidas nesse blog, e estas atuarão apenas como cura imediata das minhas angústias, pois tenho consciência de que quando desligar o computador, elas ficarão perdidas, e como num passe de mágicas tudo o que eu coloquei pra fora, como que em uma catarse, retornará para o meu interior, trazendo consigo toda a ansiedade e angústia.