sábado, 11 de junho de 2011

Dividida!


Creio que há tempos não me sentia tão confusa.
Não sei se me levo para onde eu quero de fato ir, ou se deixo com que o acaso resolva por mim.
Não sei se sair de cena é a melhor solução, ou se devo, ainda que só, lutar pelo amor que habita em meu coração, sem qualquer vestígio que deseja ir embora, aparentemente vindo para ficar. Enquanto éramos dois me fazia bem o amar, agora que só existe em mim eu não sei o que fazer com ele.
Se por vezes há um predomínio da incerteza e a descrença do amanhã, por outras me pego em um misto de esperança e alegria inexplicáveis, e isso me assusta. Porque idealizo, sonho e espero tanto com o final desse ano, se nem sei se o que me espera no fim é você?
Antes ainda me questionava se devia te esperar ou te esquecer, mas com o tempo vi que não havia o que pensar quanto a isso, essa dualidade nunca existiu, por que não faço nada além do que esperar pelo amanhã, e o esquecer já ficou pra trás, se é que um dia tive de fato esse desejo. Lutar contra algo tão intrínseco a mim, que reflete o que de bom eu vivi até aqui, seria o mesmo que querer matar os únicos momentos bons dos quais me recordo.
Devo dizer-lhe a cada dia que te amo? ou fingir que estou bem, que sequer me lembro de ti? A resposta? Eu não sei. Só sei que tranquei esse amor em mim, se para você ser feliz eu tenha que desaparecer, é isso que faço, é isso que farei.
Só espero estar agindo da maneira certa, porque não iria aguentar mais uma vez estar tentando acertar e tornar as coisas piores.
Tenho medo que sumir faça com que você pense que te esqueci, e ai você me esqueça também, se é que já não esqueceu, afinal, pra que lembrar de quem não se ama mais?!
Será que ainda pensa em mim? E se pensa, ou lembra, será que é como algo bom? ou algo que lhe causa dor?
Espero pelo dia em possa vir juntar minhas partes, dizer-me que acredita no que eu digo, dizer que sempre soube tanto quanto eu que não acabou. Remende os pedaços do meu coração, que aqui, tão silenciosamente clama por seu amor, e que espera ansiosamente por você, mesmo que demore, pois já me convenci que não existirá mais ninguém além de você.


Nenhum comentário: